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17.9.18

As coisas que vivi no Sequoia National Park, Califórnia.



Um lugar que entrou para a minha lista de lugares favoritos no mundo é o Sequoia National Park, na Califórnia. 

Para quem não conhece, assim como eu não conhecia, é um parque com uma área de 1635 km², habitado por mais de 300 tipos diferentes de animais e abriga as maiores árvores do mundo, as Sequoias. Eu sempre brinco que Americano gosta de ser o maior em tudo: o maior termômetro do mundo é deles, as maiores lojas da coca-cola e da MM’s também (mostrei isso na minha roadtrip, vem ver) e, com uma ajudinha da natureza, as maiores árvores também estão no território deles.

Eu fui ao parque pela primeira vez com o meu namorado para comemorar o nosso primeiro ano juntos. Acho que combina muito com a gente… ele tem essa alma de explorador. Gosta de ir e, quando chega lá, quer continuar indo. E eu? Eu sempre quis acampar.

Uma coisa que temos em comum é que damos muito valor às primeiras vezes. Primeira carta, primeiro presente, primeiro encontro, primeiro filme… tudo isso é muito especial para nós... e com o primeiro acampamento no primeiro aniversário de namoro não seria diferente, né?!

Nós registramos isso de uma forma bem bonita em vídeo, um dos meus favoritos até hoje. Quer assistir?


Eu estou escrevendo esse post sentada no banco de trás do carro, cercada por cobertores e travesseiros, enquanto dirigimos em direção à saída do parque, mais ou menos 1 hora de estrada, de onde acampamos até lá, e mais 4 horas até Downtown, Los Angeles. Nosso acampamento chegou ao fim, infelizmente.

No banco da frente está o nosso novo amigo, Vinicius, um brasileiro que atualmente mora em Santa Mônica, e que eu tive a felicidade de conhecer. Nós também compartilhamos muitos interesses em comum, fazer vídeos para o YouTube é um deles. Olha o canal dele!


A gente usa mapas para se guiar dentro do parque. Querer mergulhar nessa aventura significa ter que se desconectar da tecnologia para se conectar com a natureza. Aos viciados em redes sociais, preciso dizer que é o melhor detox que você pode fazer.

Como planejar o roteiro dentro parque? Pergunte a quem trabalha lá! Geralmente são pessoas que visitaram e se apaixonaram de tal forma que decidiram trabalhar lá para poder morar lá e já exploraram muita coisa. Eles sabem melhor do que ninguém os lugares mais incríveis que não são tão divulgados aos turistas nos quadros informativos.

Encontramos esse lugar depois pedir informação. Era tão fácil de chegar, uma trilha de 3 minutos a partir de um dos hotéis do parque... e estava completamente vazio!

Para acampar existem os "campgrounds" que são lugares específicos e mais confortáveis. Geralmente eles tem banheiros, cabanas e cofres para guardar a comida e manter os ursos afastados. Mas isso parecia muito chato para nós.

Tanto na primeira quanto na segunda vez, acampamos em uma área chamada 'Big Meadow'. Montamos a nossa barraca exatamente no mesmo lugar, debaixo das mesmas árvores, com as mesmas abelhas vindo abelhar nossa comida.

Na primeira vez ficamos sozinhos. Mas na segunda, tivemos a sorte de ter vizinhos.

O primeiro deles foi um senhor chamado Larry. Era aposentado e estava acampando sozinho em seu trailer. Se aproximou para dizer oi e falar que iria embora pela manhã, então poderíamos usar a lenha que estava próxima ao trailer, caso a gente precisasse. Na manhã seguinte ele ainda estava lá. Veio novamente dar bom dia, depois de uma longa caminhada e decidiu ficar por mais uma noite. E sabe o mais legal? Ele trouxe mais lenha para nós e deixou do lado da nossa fogueira.

Os outros vizinhos foram um casal de russos que estavam voltando do festival de música Burning Man. Estacionaram o carro ao lado da nossa barraca, também vieram dizer oi e decidimos dividir a nossa fogueira. Larry, Alex e Anastacia. 3 pessoas que eu amei ter conhecido.

A árvore mais volumosa do mundo. Estima-se o seu volume em 1487 m³.



Depois da primeira vez, a gente quer acampar de novo e mais uma vez. Os amigos que fazemos, os lugares que visitamos, os que deixamos de visitar porque não dá tempo... Na foto acima estamos no Aster Lake. Uma trilha de quase 8km de subida... estamos a 9 mil pés de altura, ou mais ou menos 2.700 metros acima do nível do mar.

O Aster Lake é o segundo lago de uma trilha que leva a um total de 4 lagos. Paramos por lá e decidimos voltar, pois tínhamos os mesmos 8km para voltar. Os outros dois lagos terão que ficar para uma próxima visita.

Ah! A foto de abertura desse post é no primeiro lago da trilha, chamado Heather Lake.

Vini,  Alex, Anastasia eu e Andres, posando para a nossa primeira foto em grupo.
Dói meu coração. Mas voltar desse acampamento não significa só dizer tchau para o Sequoia National Park, mas também significa que tenho só mais 3 dias aqui na Califórnia. Estou louca para voltar para casa. Sinto saudades dos meus amigos, família, cachorra, apartamento, plantas... mas despedidas não são fáceis para mim.

Eu ainda tenho alguns vídeos para editar e muitas histórias para contar. Não sobre esse acampamento, mas sobre a minha estadia aqui durante esses quase 4 meses. E os detalhes que não estão aqui, estarão nesses vídeos.



Mas o que eu posso dizer por agora é: eu sou uma pessoa completamente diferente de quem eu era antes dessa viagem. E tive muitos momentos de crise e desespero. Andres que o diga. Mas cada um deles me mostrou que eu sou forte o suficiente para superar e continuar olhando para frente.

Sou grata pela oportunidade que eu tive de estar aqui pela segunda vez. E por perceber que as segundas vezes são tão especiais quanto as primeiras.
12.6.18

Faltou café: Explorando Downtown, Los Angeles.


Eu sinto que sou péssima em primeiros encontros. No meu primeiro encontro com Los Angeles, fiquei tão encantada que saí desembestada fazendo vídeo de tudo, tirando fotos de quase nada, e hoje eu sinto que perdi uma sensibilidade que eu tinha para fotografar. Ou talvez eu tenha me tornado mais crítica, o que pode ser uma coisa boa.

Eu publiquei alguns vídeos no YouTube, mas nem metade do que eu produzi está lá. Aliás, tenho tanto arquivo pessoal! E não digo só da minha primeira vez nos Estados Unidos, mas de toda a minha vida!

Eu fiz vídeos da minha chegada, da minha primeira vez no Pier Santa Mônica, tem até a playlist onde estou soltando os vídeos da minha primeira Roadtrip com o Andres. Venha conferir aqui
Mas eu ainda tenho um zilhão de vídeos para postar e já estou aqui de novo...

Certas coisas nunca mudam!


Esse border collie é o Rocky. Não se deixe enganar pelo ângulo, esse bicho é enorme, apesar de ser um nenê ainda. Acabou de fazer 2 anos e adora brincar. Mas detesta humanos. Não chegue perto sem ter certeza que já o conquistou, ele vai tentar te morder. Mas, depois de jogar uma bolinha algumas vezes, você terá o coração dele para sempre!

Eu e Rocky somos a maior companhia um do outro durante a semana, enquanto o Andres trabalha. E a minha rotina aqui não é muito diferente da de São Paulo: acordo, faço café, começo a trabalhar, levo o Rocky para um passeio nas quadras próximas (a.k.a: minha zona de conforto), faço algo pra comer e fico trabalhando até o Andres chegar.

Mas dia desses eu decidir ir além da zona de conforto por um simples motivo: faltou café!

Faltar café significava que eu teria que ir à uma cafeteria ou ir ao mercado, ficar sem café não era uma opção. E, por ironia do destino, eu passo todos os dias em frente a uma cafeteria bem fofa. Já consumimos ali uma vez, os caras que trabalham nela sempre acenam para dar bom dia e, às vezes, puxam um papo e outro.


"Sh*t people, good coffee and cute puppies!"O café No Ghost Bears é pet friendly. Pequeno, tem poucos lugares disponíveis para se sentar, mas o bom mesmo é ficar do lado de fora e bater um papo com a galera. Acho necessário dizer que ele não tem banheiro, mas eles te indicam um, caso precise... hehe. 
Alguns rostos e cachorrinhos já me são familiares, tem gente que eu vejo todos os dias. O clima é muito gostoso e o café é realmente bom. Eu não sei exatamente qual eu bebi, nem olhei o cardápio. Pedi algo doce, que tivesse cafeína e textura mais cremosa. Eles me deram um Latte, não sei se com alguma adição. 

Conversamos sobre o Rocky e sobre como é estar de volta em Los Angeles e eu me senti muito bem em quebrar a minha rotina nesse ponto. Sair sozinha e interagir com as pessoas? Tenho certeza que errei no meu inglês algumas vezes, mas nós nos entendemos em gênero, número e grau! Yay!


Estava começando a ficar divertido andar pelas ruas de Los Angeles. Sabe aquela corridinha para atravessar a rua quando o sinal está fechado, mas não tem nenhum carro vindo? Então, aqui ninguém faz isso. As ruas são muito bem vigiadas e quem o faz geralmente é multado. 

E os prédios... dificilmente eu vejo algum que eu não moraria. São antigos, A maioria deles tem aquele ar de apartamento industrial, o meu estilo favorito. Janelões, tijolos, teto alto, muito espaço... não se faz mais prédios como antigamente!

Marquei no google maps um destino, um parque. Ele parecia longe e realmente era! As quadras aqui são enormes... fui até o meio do caminho, decidi voltar porque comecei a sentir fome, mas observei algumas coisas que me despertaram a curiosidade:


Esse bar, por exemplo... eu e o Andres sempre passamos em frente e comentamos sobre a nossa curiosidade em entrar. Quem sabe em um próximo post? Nós temos uma lista bem grande de bares para visitar em DTLA.

Mas um que conhecemos e adoramos estava a poucos blocos dali, o Rythym Room. Tem jazz ao vivo aos finais de semana, mesas que também são tabuleiros de xadrez, os mais diversos jogos de tabuleiro, sinuca, pingue-pongue, dardos... mas a galera lá não é de dançar muito. Mas para comer, beber e jogar, é ideal!




Depois de alguns minutos caminhando, cheguei na rua Broadway. Encontrei duas das chamadas "utility boxes" e elas eram um tanto quanto curiosas, tinham desenhos e contavam algumas histórias. Como a Broadway era só passagem, decidi registrar e pesquisar com calma chegando em casa. 

Pois bem, existe um plano de desenvolvimento econômico estratégico de 10 anos (teve início em 2008) para a revitalização desse corredor histórico da Broadway.
Bringing Back Broadway é uma iniciativa do vereador Jose Huizar e essas "utility boxes" somam 21 no total.

O artista é Christian Ceci e as caixas começaram a ser pintadas no ano passado. Cada uma delas tem um pedacinho da história do corredor da Broadway e elas se estendem entre a 1st Street e a 12th Street. 

E eu DU-VI-DO que o Andres sabe disso! Já sei mais de Los Angeles (historicamente falando) do que ele! hehehe


O prédio de Belas Artes de Los Angeles é citado no filme 500 Days Of Summer (500 dias com ela) como o prédio favorito de Tom Hansen, personagem de Joseph Gordon-Levitt. Se eu tivesse me lembrado disso enquanto estava lá, teria tirado foto do prédio, e não só do poste em frente, com algumas informações históricas, mais uma vez.. haha!

Mas posso garantir que, realmente, é uma arquitetura muito bonita, romântica. Numa próxima oportunidade eu juro que fotografo!


Outra curiosidade sobre Downtown é que você vai ouvir sirenes a cada 20 minutos, no mínimo! Não sei se é um exagero meu, mas as pessoas parecem sempre estar em perigo por aí, embora tudo pareça muito calmo.

Por fim, o melhor fato sobre Los Angeles é que eu só saí por aí explorando e fotografando sem medo porque a cidade é muito segura. Aliás, as pessoas por aqui andam com seus telefones e câmeras na mão o tempo todo! E isso, por mais doloroso que soe, é uma coisa que eu tenho medo de me acostumar, sei que teremos um longo caminho para chegarmos a esse ponto em São Paulo ou no Rio de Janeiro, por exemplo.


Resumo da ópera: Faltar café foi um sinal de Deus / do destino / da vida / do cosmos (insira aqui o que você acredita) para eu largar de ser preguiçosa e ir fazer algo realmente empolgante. Pode parecer pouco aos olhos de algumas pessoas... mas como uma boa pessoa otimista, posso dizer que foi uma quebra de várias barreiras. Mal posso esperar para mais!

Ah, caso queira saber mais sobre a revitalização da Broadway, esse é o site oficial. Acho bacana você considerar entender, caso esteja planejando vir pra cá!

Volto em um próximo post com mais novidades, obrigada por ler até aqui!
Te vejo nas outras redes sociais! 

Beijos,
Ana.
28.1.16

Primeiro episódio de um projeto novo! Me leva ao Parque das Ruínas?


Conhecer lugares que eu nunca estive antes é a minha coisa favorita na vida. Seja na minha cidade ou no outro lado do mundo, a gente sempre vai ter para onde ir. 
Percebi isso quando cheguei em São Paulo e os meus amigos sempre tinham uma indicação de um lugar legal para um happy hour depois da aula, para passar a tarde ou até mesmo um bom programa para o fim de semana sem gastar nada. Alguém indicava e os outros não conheciam.

Também percebi que a maioria das pessoas esquecem de ser turistas na própria cidade e sair de sua rotina -o Victor, por exemplo, é carioca e nunca tinha ido ao Parque das Ruínas- para fazer o que nunca fez antes.

Foi basicamente desses princípios que surgiu o projeto "Me Leva?". Minha vontade de conhecer o que os meus amigos já conhecem e adoram ou pelo menos sempre tiveram vontade.

Espero que gostem, porque foi tudo pensado com muito carinho!
















É um dos lugares mais lindos no Rio de Janeiro que eu já conheci. Para qualquer lado que você olhar, vai se deparar com beleza.

Sem contar que dá vontade de ir para o Parque com um livro e uma boa playlist e ficar lá. Lendo, ouvindo música, ou só existindo.

Assistam ao vídeo:



Um agradecimento especial ao Camilo Coutinho (do canal Play de Prata - onde ele ajuda outros YouTubers) que fez essa thumbnail maravilhosa para mim! 

E aí, gostaram do vídeo, do projeto e das fotos? Me respondam aqui nos comentários! 
Ah, não se esqueçam de clicar aqui para avaliar o vídeo e se inscreverem no canal! 
Beijos!


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1.12.15

Diário Fotográfico | Primeiro dia no Salar de Uyuni



O Salar de Uyuni é a maior planície de sal do mundo. São mais de 10.500 metros quadrados. E lá estava eu: um pontinho branco com pouco mais de um metro e meio no meio daquela imensidão salgada, quase sendo carregada pelo vento.

Várias vezes eu me peguei pensando sobre como estávamos tão pertinho do Brasil mas, ainda sim, parecíamos estar em outro mundo. Tudo era novidade, tudo era diferente. E que e desculpem os ateus, mas eu só conseguia pensar: "isso só pode ser Deus!". Eu queria lamber o chão para ter certeza que era de sal mesmo, e se tinha o mesmo gosto do sal da cozinha. Tudo bem, gente. Não cheguei a este ponto. Me contentei com as paredes do Hostel.

Estão duvidando? Então assistam o vídeo!



Eu já contei como foi o planejamento, falei sobre os gastos e curiosidades neste post. Mas vale a pena lembrar que: nós compramos passagens de ônibus até o Salar e compramos o pacote do passeio por lá mesmo, em La Paz estava bem mais caro.



Chegamos em Uyuni no meio da madrugada, fomos despejados (olha o drama!) do ônibus, quase morremos de hipotermia mas uma mulher enviada dos céus veio nos salvar -ou levar para a agência dela e vender o pacote do passeio, espertinha...-. Mas lá tinha aquecedor, isso que importa.

Roberto era o nome do nosso guia. Ele nos buscou, nos levou para o tão famoso salar, almoçamos, e no caminho para o hostel de sal, paramos numa espécie de ilha cheia de cactos gigantes. Como se fosse um pedacinho do deserto de areia no meio do deserto de sal. Seria isso uma espécie diferente de oasis?

Não sei. Mas chegando no hostel, que era todo de sal, eu e Geyse não conseguimos nos conter. Lambemos as paredes mesmo. E era muito, muito salgado. Mais do que o sal da cozinha. Nos prepararam chá e biscoitos e, para a janta, noite uma sopa quentinha.

Eu e Victor tentamos nos afastar do hostel para olhar para o céu. Faziam mais ou menos -20 graus lá fora e não aguentamos por muito tempo. Mas o pouco tempo valeu muito! Tudo brilhante e lotado de estrelas, eu me senti uma astronauta solta pelo universo. Era lindo e infinito. Mas estávamos quase morrendo, tivemos que voltar.


Devo dizer que as fotos mais lindas de toda a nossa viagem foram feitas nesse passeio de 4 dias.

Foram 4 dias filmando de 2 câmeras e, vez ou outra, do celular. São muitos momentos incríveis que quero compartilhar, por isso tive que dividir este vlog em partes! Espero que tenham gostado.

Ah, sobre o diário fotográfico não estar todo desenhadinho como costuma ser, eu perdi o pen drive onde as fotos estavam editadas daquela forma. Mas tudo bem. A gente vê assim agora, depois eu reedito e aviso a vocês que tudo voltou ao normal. Pode ser assim?





































Qualquer dúvida ou pedido vocês podem deixar aqui abaixo, nos comentários! E não se esqueçam de dizer se gostaram do vídeo e das fotos, porque é muito importante para mim. Okay?

Beijos! E muito obrigada pelo carinho!


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