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8.10.19

Mapa do meu dia médio perfeito.


O Dia Médio Perfeito é o exercício que vai, possivelmente, te ajudar a enxergar os seus dias mais banais de uma forma menos angustiante. Eu não sei você, mas eu odeio sentir essa angústia chamada: "O que que eu tô fazendo da minha vida???'. 

Eu acredito que todo ser humano que passou dos vinte e poucos já deve ter se feito essa pergunta pelo menos umas trinta vezes.

Mas aí, desabafando com algum dos meus amigos – eu espero que esse amigo ou amiga se manifeste, porque eu queria agradecer– ele(a) comentou por alto essa coisa do dia médio perfeito. Fui pesquisar sobre e caí nesse vídeo e nesse post, que foram o suficiente para me dar uma luz de como eu poderia fazer esse exercício de uma forma mais adaptada ao meu estilo de vida.


Uma coisa que só quem abriu o post do blog para ler vai saber é: como tenho essa liberdade de trabalhar remotamente, consigo oferecer serviços de dog sitter e dog walker. O que é demais, porque eu sou paga para cuidar de cachorros e, além deles me fazerem companhia, eles me levam para passear!

Se eu não tiver um cachorro que me tire de casa pelo menos 15 minutos por dia, vou sair pra quê?

kkkk tô brincando....

mas é vdd :/

Acreditem: passar o mapa mental da minha rotina para o papel me ajudou a perceber muitas coisas.  Inclusive identificar onde eu estava falhando. Até pensei em imprimir em tamanho A3 e colocar em alguma parede, só pra ter certeza que estou seguindo o script.

Sair dele só por motivos extraordinários!

No verso dessas folhas, coloquei cada um desses passos de forma detalhada, desde como eu gostaria de estar vestida para trabalhar e como seria meu espaço de trabalho até qual é a série de exercícios que estou fazendo.

É um pouco difícil montar uma rotina quando se trabalha de lugares diferentes. No momento, estou em Los Angeles e uma coisa que eu queria resolver é: preciso de uma mesa. Eu até comprei uma pequenininha que encaixo no sofá e consigo colocar o notebook em cima. Mas ai! Que saudades de uma mesa grande para espalhar meus cadernos e canetas durante meu processo criativo!

Claro, essa rotina foi montada em cima da MINHA realidade. Uma freelancer que trabalha de qualquer lugar com wi-fi quando dá mas tenta manter o controle das coisas fazendo listas e mapas mentais de tarefas e vídeos de rotina.

A louca das listas, listas e mapas sempre me ajudam!
22.9.19

Se eu pudesse resumir 2019 até agora...

Mas veja se não estou vestindo a blusa do canal MAIS LEGAL DO BRASIL E DA BAHIA! Link para compra

Não sei se pra você está sendo assim, mas 2019 tem sido um ano bem difícil de encarar. Por razões externas e internas. Me lembro bem que no final de 2018, enquanto discutíamos quem seria o "melhor" candidato a presidência pelas redes sociais, minha mente foi inundada por muitos sentimentos ruins como desespero, decepção, impotência e angústia. Principalmente angústia.

O ano começou praticamente em tragédia e eu ficava nesse impasse de 'sobre o que eu vou falar com todas essas coisas acontecendo?'. Em paralelo, acompanhando conteúdos alheios, observava cuidadosamente o comportamento das pessoas – e das marcas também. O diploma em Mídias Sociais Digitais não me deixa mais ser uma usuária passiva e isso me enlouquece um pouco.
Isso me fez chegar a conclusão de que as pessoas tão bem loucas! E eu não estava disposta a continuar lidando com toda essa loucura, decidi me afastar.

Me afastar. Não deixar de criar.

Um dos meus grito de socorro nesse meio tempo foi o vídeo 'FUI USAR A INTERNET E OLHA NO QUE DEU'. Um dos recortes de felicidade que tive nesses tempos tão sombrios foi ter conhecido a Loma pessoalmente – só quem foi blogueiro sabe a importância da Loma aqui na internet.
Também tive a oportunidade de conhecer o Pedro, a Bruna... enfim, se você clicar no título em capslock, vai conseguir assistir ao vídeo e entender tudo.

Essa tarde de encontros me fez parar e refletir que evitar a internet ou deixar de criar conteúdo pode me evitar sim muito estresse, e evitou! Mas também vai limitar significativamente a probabilidade de conhecer pessoas como as que conheci e de viver experiências as experiências que vivi.

"A vida vem em ondas como o mar, num indo e vindo infinito", já dizia Lulu.

Eu sou cheia dessas idas e vindas. Periodicidade nunca foi o meu forte, leitores raiz do Bolas de Meia sabem muito bem. Blogar era muito mais fácil quando se era estudante, as provas da escola eram as maiores preocupações e qualquer coisa mais que isso era novidade. E nem nessa época eu tinha programação fixa.

Sempre me dei essa liberdade: falar o que eu acho relevante, da forma que eu acho relevante e quando eu achar que me convém.

Refletir sobre o que seria de mim sem fazer o que eu faço por aqui não foi o suficiente pra quebrar o bloqueio criativo. Depois do término do namoro, que aconteceu no início de fevereiro, as coisas ficaram ainda piores. Passar por término não é fácil, mas eu nunca fiz disso o maior drama da minha vida.
É triste? É. A gente chora, vive a fossa, sente falta, mas vida que segue, ela é bem maior que isso. 
O que mais me chateou foi o fato de algumas pessoas, pessoas que eu nem conhecia, deixarem a curiosidade ser maior que a empatia e respeito. Algumas delas exigiam respostas, uma vez que eu expus como foi o início, """teria que expôr o final""". Hoje em dia eu rio desse comportamento. Mas é um riso de preocupação. 

Você já caiu e fez um machucado enorme e, no processo de cicatrização, alguém encostou ou esbarrou na ferida? Dói, não dói? Era isso o que estava acontecendo. Eu queria curar mas comentários como esse faziam a ferida latejar.
Levando em consideração o número de pessoas que me acompanham pelas redes sociais, essas pessoas foram uma minoria. Então tudo bem, é a parte chata do trabalho. Mesmo fazendo o que ama, a gente tem que lidar com essa parte.

No final das contas o que importa é que eu e ele estamos nos cuidando. Falando por mim, acredito que todos esses sentimentos totalmente divergentes que compartilhamos, de fúria e euforia, paixão e insegurança, amor e amor, e bota amor nessa conta, nos serviram para deixar mais dúvidas do que certezas, e essas dúvidas tem aberto diálogos que jamais foram cogitados antes.
E isso é bom, temos aprendido bastante. Felizmente a nossa amizade e parceria não acabou e isso é extraordinário.


Criar conteúdo para a internet nunca foi a minha única ou principal fonte de renda. Trabalho prestando serviços relacionados a redes sociais e marketing digital de modo geral, muita gente não sabe disso e eu não faço muita propaganda. Gosto de escolher projetos específicos, principalmente quando me dão a liberdade de ter e executar ideias, ser criativa.

Para os outros a minha cabeça parece funcionar melhor.

Eu tenho trabalhado nessa coisa de parar de romantizar meu conteúdo e só criar quando estou no mood*. É que eu sempre fui contra toda essa coisa de "você PRECISA postar sempre, algoritmos blá blá blá". É de extrema importância, digo isso para todos os meus clientes, caso o seu objetivo seja fechar jobs e lucrar mais. E nesse momento da minha vida, achei que seria mais sensato me recolher, mesmo que isso significasse ter só o necessário para viver.

Nada me faltou, mas nada me sobrou, também! E sabe uma coisa que eu percebi desde o meu aniversário, quando comecei a sentir dores no joelho e fui ver quanto custa uma consulta quando não se tem plano de saúde? Que se nada sobrar e acontece uma emergência, você está f*****!

E elas aconteceram. Levaram o pouco que tinha poupado com o tempo. Costumam dizer que dinheiro não traz felicidade. Mas ninguém comenta sobre o desespero que é quando ele vai embora. Isso me causou mais crises e eu me sentia extremamente culpada. Olhar o calendário e ver que já estamos em setembro, e eu adiei absolutamente todos os meus compromissos comigo mesma, tenho a sensação de não ter feito nada até agora, sabe?



A verdade é que foram necessárias algumas sessões de terapia para eu entender que, na realidade, eu fiz bastante coisa sim. Não fiz [quase] nada do que planejei, mas fiz muitas coisas.
Por exemplo: um workshop de educação financeira com a Easynvest e as meninas do Invista Como Uma Garota, que me ajudou a encontrar a melhor forma de organizar a minha grana, e como e onde investir para alcançar cada um dos meus objetivos. De quebra, conheci uma equipe maravilhosa disposta a ensinar mulheres a serem donas do seu próprio dinheiro e outras mulheres que, assim como eu, queriam de verdade, ter sua independência financeira.

Também participei de um reality show culinário e caramba! Quando eu ia imaginar que seria chamada pra uma coisa dessas? Nem nos meus sonhos mais loucos! Você assistiu? Assista aqui.

Conheci cidades novas do interior de São Paulo das quais nunca tinha ido. Conheci as pessoas dessas cidades e as coisas incríveis que elas fazem, participei de projetos de amigos, dei palestras, aprendi a dizer não. São incontáveis os shows, peças e musicais que assisti e que me traziam sopros de inspiração novamente.
Arte é arte, ela faz isso com a gente.


Aí eu vim parar aqui de novo, em Los Angeles. Os objetivos dessa viagem são vários. Um deles é  trabalho: registrar fotograficamente e compartilhar na Pexels, essa plataforma onde fotógrafos do mundo inteiro disponibilizam as suas fotografias de graça para que outras pessoas possam usar. Eles enxergaram em mim um potencial de trazer novos usuários para a plataforma e me tornaram embaixadora. Olha a honra que recebi! Mas conto mais sobre a Pexels outra hora.

Também quero fazer dessa viagem uma vitrine para os meus amigos que produzem coisas, como as blusas do Hawk na primeira foto. Sei que a audiência cresce enquanto eu viajo, estudei direitinho os meus números. Se eu puder usar essa visibilidade para fazer com que os nomes deles cheguem a mais pessoas, meu objetivo estará cumprido.

Por último, não menos importante, eu quero lançar um produto meu que seja físico. Não depender de patrocínio e adsense para viver do meu conteúdo, sabe? Muitas pessoas me fizeram enxergar esse potencial, só preciso de um pouco mais de organização e estudar algumas ferramentas para poder lançar.

No mais, bom, você vai acompanhando, né?!

Ah! E olha esse vídeo novo, eu tô bem feliz com a fotografia dele:

17.9.18

As coisas que vivi no Sequoia National Park, Califórnia.



Um lugar que entrou para a minha lista de lugares favoritos no mundo é o Sequoia National Park, na Califórnia. 

Para quem não conhece, assim como eu não conhecia, é um parque com uma área de 1635 km², habitado por mais de 300 tipos diferentes de animais e abriga as maiores árvores do mundo, as Sequoias. Eu sempre brinco que Americano gosta de ser o maior em tudo: o maior termômetro do mundo é deles, as maiores lojas da coca-cola e da MM’s também (mostrei isso na minha roadtrip, vem ver) e, com uma ajudinha da natureza, as maiores árvores também estão no território deles.

Eu fui ao parque pela primeira vez com o meu namorado para comemorar o nosso primeiro ano juntos. Acho que combina muito com a gente… ele tem essa alma de explorador. Gosta de ir e, quando chega lá, quer continuar indo. E eu? Eu sempre quis acampar.

Uma coisa que temos em comum é que damos muito valor às primeiras vezes. Primeira carta, primeiro presente, primeiro encontro, primeiro filme… tudo isso é muito especial para nós... e com o primeiro acampamento no primeiro aniversário de namoro não seria diferente, né?!

Nós registramos isso de uma forma bem bonita em vídeo, um dos meus favoritos até hoje. Quer assistir?


Eu estou escrevendo esse post sentada no banco de trás do carro, cercada por cobertores e travesseiros, enquanto dirigimos em direção à saída do parque, mais ou menos 1 hora de estrada, de onde acampamos até lá, e mais 4 horas até Downtown, Los Angeles. Nosso acampamento chegou ao fim, infelizmente.

No banco da frente está o nosso novo amigo, Vinicius, um brasileiro que atualmente mora em Santa Mônica, e que eu tive a felicidade de conhecer. Nós também compartilhamos muitos interesses em comum, fazer vídeos para o YouTube é um deles. Olha o canal dele!


A gente usa mapas para se guiar dentro do parque. Querer mergulhar nessa aventura significa ter que se desconectar da tecnologia para se conectar com a natureza. Aos viciados em redes sociais, preciso dizer que é o melhor detox que você pode fazer.

Como planejar o roteiro dentro parque? Pergunte a quem trabalha lá! Geralmente são pessoas que visitaram e se apaixonaram de tal forma que decidiram trabalhar lá para poder morar lá e já exploraram muita coisa. Eles sabem melhor do que ninguém os lugares mais incríveis que não são tão divulgados aos turistas nos quadros informativos.

Encontramos esse lugar depois pedir informação. Era tão fácil de chegar, uma trilha de 3 minutos a partir de um dos hotéis do parque... e estava completamente vazio!

Para acampar existem os "campgrounds" que são lugares específicos e mais confortáveis. Geralmente eles tem banheiros, cabanas e cofres para guardar a comida e manter os ursos afastados. Mas isso parecia muito chato para nós.

Tanto na primeira quanto na segunda vez, acampamos em uma área chamada 'Big Meadow'. Montamos a nossa barraca exatamente no mesmo lugar, debaixo das mesmas árvores, com as mesmas abelhas vindo abelhar nossa comida.

Na primeira vez ficamos sozinhos. Mas na segunda, tivemos a sorte de ter vizinhos.

O primeiro deles foi um senhor chamado Larry. Era aposentado e estava acampando sozinho em seu trailer. Se aproximou para dizer oi e falar que iria embora pela manhã, então poderíamos usar a lenha que estava próxima ao trailer, caso a gente precisasse. Na manhã seguinte ele ainda estava lá. Veio novamente dar bom dia, depois de uma longa caminhada e decidiu ficar por mais uma noite. E sabe o mais legal? Ele trouxe mais lenha para nós e deixou do lado da nossa fogueira.

Os outros vizinhos foram um casal de russos que estavam voltando do festival de música Burning Man. Estacionaram o carro ao lado da nossa barraca, também vieram dizer oi e decidimos dividir a nossa fogueira. Larry, Alex e Anastacia. 3 pessoas que eu amei ter conhecido.

A árvore mais volumosa do mundo. Estima-se o seu volume em 1487 m³.



Depois da primeira vez, a gente quer acampar de novo e mais uma vez. Os amigos que fazemos, os lugares que visitamos, os que deixamos de visitar porque não dá tempo... Na foto acima estamos no Aster Lake. Uma trilha de quase 8km de subida... estamos a 9 mil pés de altura, ou mais ou menos 2.700 metros acima do nível do mar.

O Aster Lake é o segundo lago de uma trilha que leva a um total de 4 lagos. Paramos por lá e decidimos voltar, pois tínhamos os mesmos 8km para voltar. Os outros dois lagos terão que ficar para uma próxima visita.

Ah! A foto de abertura desse post é no primeiro lago da trilha, chamado Heather Lake.

Vini,  Alex, Anastasia eu e Andres, posando para a nossa primeira foto em grupo.
Dói meu coração. Mas voltar desse acampamento não significa só dizer tchau para o Sequoia National Park, mas também significa que tenho só mais 3 dias aqui na Califórnia. Estou louca para voltar para casa. Sinto saudades dos meus amigos, família, cachorra, apartamento, plantas... mas despedidas não são fáceis para mim.

Eu ainda tenho alguns vídeos para editar e muitas histórias para contar. Não sobre esse acampamento, mas sobre a minha estadia aqui durante esses quase 4 meses. E os detalhes que não estão aqui, estarão nesses vídeos.



Mas o que eu posso dizer por agora é: eu sou uma pessoa completamente diferente de quem eu era antes dessa viagem. E tive muitos momentos de crise e desespero. Andres que o diga. Mas cada um deles me mostrou que eu sou forte o suficiente para superar e continuar olhando para frente.

Sou grata pela oportunidade que eu tive de estar aqui pela segunda vez. E por perceber que as segundas vezes são tão especiais quanto as primeiras.