Me siga!

26.6.15

Fim de semestre e as voltas que o mundo dá


Parece que foi ontem. Me lembro claramente de estar pegando as roupas do armário e colocando dentro de algumas malas. A dor no coração que a minha mãe sentia de ter que me deixar vir pra cá, sem ela para cuidar de mim, fazer minha comida -porque ela adora fazer isso e ouvir os elogios depois-, ou me dar um beijo na testa e dizer: "vai com Deus, filha. Não volte muito tarde" a cada vez que eu estivesse prestes a sair pela porta.

Eu disse pra ela que era isso o que eu precisava para crescer profissionalmente. Mas mais do que isso, crescer de verdade, como pessoa.
E engraçado que, as vezes, a vida coloca a gente em situações desconfortáveis. Como se fosse uma prova, sabe? Como quem diz: "É isso que você queria? Então está aí. Mas não vai ser fácil, não. Se vira, vamos ver se você é capaz". E não vou mentir, as vezes eu me sentia esmagada por um sentimento horrível que me fazia pensar o que eu fiz para merecer aquilo, ou o porquê algumas pessoas me tratavam de forma tão ruim sem motivo algum.

Um novo amigo, com quem convivi a maioria dos meus dias até mês passado e que também fazia parte deste círculo de pessoas -algumas ótimas e outras nem tanto-, me explicou que deveria fazer a minha parte e não me importar tanto com os outros. Se eles gostassem de mim e me tratassem bem, seria ótimo. Mas caso acontecesse o contrário, não haveria mais nada que eu poderia fazer, já que a minha parte estava sendo feita.

Eu tentei ir atrás e descobrir o motivo, mas depois lembrei que no mundo ainda existem pessoas que insistem em nos julgar ou simplesmente nos odiar antes mesmo de nos conhecer. Alguns dizem que são pessoas mal amadas, outros dizem que são pessoas invejosas ou até mesmo infelizes. Nomeie como quiser, se quiser. Eu prefiro não fazer isso, estaria julgando de volta. A única coisa que eu consegui sentir foi pena, pois talvez com tanto peso e preocupação sobre os outros, elas não consigam ter uma vida leve e boa para viver. Por sorte, e com um pouquinho de ajuda desse amigo, consegui escapar desse peso a tempo. 

Eu já tinha escrito o post quase todo quando vi este tweet do Thi. 

O blog? É a minha válvula de escape. E ele ficar sem atualizações só me deixava mais estressada e triste. As poucas vezes que publicava, era porque eu estava longe de todo esse caos, perto de quem realmente me fazia bem. Eu sou muito mais da motivação do que da disciplina, embora eu não ache isso certo. Mas eu não gosto de dar as caras quando estou para baixo. Meu principal objetivo é trazer coisas boas. E, apesar desse desabafo, foi isso que eu vim fazer.

O tempo passou, o mundo deu as voltas que ele sempre dá e agora a vida está me proporcionando coisas maravilhosas.
Já disse uma vez para vocês. Quando estou passando por momentos muito difíceis, eu tenho certeza que lá na frente vai acontecer algo muito bom se eu aguentar firme sendo a melhor pessoa que eu posso ser. Sempre dá certo. Porque a vida é assim. Coisas ruins e coisas boas, um ciclo vicioso. Você só precisa prestar atenção para não se perder no meio do caminho.

Nesse final de semestre eu me mudei. Estou morando em um apartamento e tenho um quartinho lindo. Pequeno, mas ideal para mim. Tenho uma janela e uma parede com quadrinhos da Turma da Mônica. E é bem localizado, viu? hehe.
Vivo com duas meninas. Duas Ju. Julia e Juliane. E é incrível como elas me fizeram sentir em casa desde o primeiro dia. Elas moram juntas faz bastante tempo e a casa funciona tão bem que a adaptação aqui não foi nem um pouco difícil.

AH! Agora consegui trazer o meu computador e o restante dos equipamentos. Finalmente tenho acesso a todos os meus arquivos e programas de edição.

A Faculdade? Está ótima. Sou uma CDF de humanas. Tenho tirado boas notas e não tenho tanta dificuldade nas matérias. Quando a gente estuda o que gosta a história é outra, né?! A gente se sente mais disposto e se dedica muito mais.

As provas acabaram, o projeto do meu grupo do PIM (projeto integrador multidisciplinar - é como se fosse um TCC que faremos em todos os períodos) foi um sucesso, deu super certo e o grupo é ótimo!
Dei uma palestra e falei um pouco mais sobre o blog para os alunos de pós em Comunicação e Marketing lá na FMU. Uma professora que me chamou! Tão gostoso ver seu trabalho sendo reconhecido!

Agora estou oficialmente de férias e acabei de comprar as passagens para conhecer um terceiro país com duas pessoas mega especiais para mim.

Uma das minhas melhores amigas se casou, eu finalmente saí da região sudeste do Brasil e tive a noite mais linda de toda a minha vida. O céu lá de Goiânia é mágico. Eu já sabia que existem milhares de estrelas mas nunca me imaginei vendo todas daquela forma.

A Paula, irmã da Sally registrou o momento e eu fiquei sabendo dias depois. MUITO obrigada, Paula!

Esticamos o lençol na grama e o sol estava baixando lentamente. Ficamos ali, parados, nos perguntando como definir algo tão magnífico. Poesia, arte de Deus, simplicidade... Se eu tivesse o dom, faria uma música naquele momento, ou escreveria uma prosa. Mas fazia muito tempo que não via um pôr do sol tão lindo. Quis ficar parada, só esperando aquele espetáculo de cores quentes no céu acabar. E quando finalmente acabou, nos deitamos por pura preguiça de sair dali.
Dado certo momento, olhamos de novo para o céu e eu vi o maior número de estrelas que jamais consegui enxergar antes em toda minha vida. Desejei que a minha mãe estivesse lá. Ela conta que, quando morava bem afastada da cidade, conseguia enxergar milhões de estrelas. Acho que ela devia sentir a mesma coisa que eu senti naquele momento.

Vi até uma estrela cadente, pela primeira vez. Fiquei tão empolgada por estar vendo uma, que assim que ela desapareceu, percebi que não tinha feito nenhum pedido.

Respirei fundo e fiquei tranquila. Está tudo bem, agora. Não preciso pedir mais nada. Só agradecer.

Me acompanhe também nas redes sociais:

Se inscreva aqui no canal novo

Postar um comentário