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4.2.15

Big girls don't cry?


Eu sempre senti que essa cidade era pequena demais para mim. Foi um dos motivos de ter criado o blog. Como eu era nova demais e não podia sair assim, pelo mundo, sem mais nem menos, era um jeito de me distrair um pouco, fugir desse ovo ainda que não fosse fisicamente.

As vezes eu penso que não sou daqui, eu sou do mundo e estar em um lugar só não é o suficiente. Eu preciso de mais. Depois que comecei a namorar um garoto de uma cidade grande, o Rio de Janeiro virou a minha segunda cidade e ainda tenho tanto para conhecer! É perto, eu sei. E eu nem me mudei, mas já é alguma coisa, né?!

Viajar e estar em outros lugares é uma das coisas que eu mais gosto, mesmo não tendo arrumado a minha mala muitas vezes, ter experiências novas é um dos meus maiores prazeres nessa vida. Cada uma delas acrescenta algo bom em mim, me faz crescer um pouco, por pior que ela seja. Mas ainda bem, a maioria delas foram ótimas.

Mas algo tem me deixado com bastante medo, e vocês já devem imaginar o que é. Estou de mudança. Uma transição de cidadezinha tranquila do interior, com a minha família, meus amigos e lugares favoritos já mapeados para uma selva de pedra, uma cidade enorme com pessoas muito diferentes. Não de mim, mas sim umas das outras. Lá, não tem ninguém igual. E isso é incrível.

É um medo e um desespero enorme! E de tão grande, eu nem sei o que está acontecendo dentro de mim nesse momento. Mas é uma coisa bem gostosa.
Por sorte, eu já conhecia pessoas incríveis por lá e que me acolheram muito bem, mesmo sem ter ido definitivamente, ainda. 

Meus amigos estão felizes por mim, minha mãe está morrendo de medo, até chora algumas noites, mas me apoiou, esteve lá comigo e vibrou quando eu fui aprovada.
Meu pai também deve estar, nunca se sabe o que ele está pensando. Ele é daqueles que não demonstra muita coisa, sabe? Mas antes mesmo de tentar, eu já tinha a aprovação dele. "Se é isso o que você quer, amém. Se for da vontade de Deus, Ele vai te abençoar".

Amém, pai.

Eu puxei a minha mãe no lado chorona. Tento me mostrar forte mas estou bastante insegura. Sei que vai ser difícil, que vou passar muito perrengue, que vou sentir saudades de casa, do namorado, do gatinho, dos amigos, da cidade que, mesmo reclamando que é muito pequena, de gente com mente igualmente pequena, eu amo do fundo do meu coração e reconheço que é um dos melhores lugares para se morar.

Mas tem sonho me esperando lá fora e ninguém disse que seria fácil. A gente tem que enfrentar muita coisa pra chegar onde a gente quer. E é agora que eu vou começar a crescer de verdade.


Não sei porque, mas lembrei dessa música. Mas garotas grandes choram, sim.


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