Me siga!

8.1.14

Três jeitos de ser.


Esses dias foi aniversário do meu pai. Eu nunca me lembro exatamente quantos anos ele tem, mas ele também nem faz questão. Sempre diz que tem quase 30, então tá, vamos fingir assim. 
Tenho o meu pai como o meu maior exemplo de vida, uma inspiração de verdade. Por mais que eu esteja crescendo e as vezes a gente brigue pelo prato sujo na pia, sobre eu querer fazer algo e ele não deixar, ou qualquer outro motivo que qualquer pai e filha tem, na maioria das vezes eu só queria sacudi-lo pelos ombros e dizer "EU SÓ QUERO SER COMO VOCÊ É".

Meu pai é uma boa pessoa. A palavra chave é ser. Eu quero ser, como meu pai. Ele é durante o dia todo, todos os dias.

Eu não posso classificá-lo muito porque meu pai sempre foi calado, na dele. A única coisa que tenho como referência são seus exemplos, e essas são as notas que eu fiz até agora:

Ser uma bênção, ser luz, ser presente.

Ser uma bênção,
e não estou querendo citar crenças, eu tenho a minha e você tem a sua, ou talvez não tenha nenhuma. Mas o ponto onde quero chegar é se doar para outras pessoas, se esquecer um pouco e lembrar do outro, independente de quem seja. Um amigo, um vizinho, um estranho, alguém que precise. Estava aqui pensando que quero ser uma pessoa diferente de qualquer outra no mundo e cheguei a conclusão de que devo começar por aqui, sendo uma benção.

Ser luz,
Qualquer tipo de luz. Um refletor, uma lanterna, uma vela acesa, tanto faz. Mas um ponto onde as pessoas possam olhar e enxergar através dessa escuridão que nos cerca todos os dias. Como quando você perde alguma coisa no escuro e precisa acender uma luz para encontrar, sabe?

Ser presente,
Meu pai fez/faz parte da história de muita gente. Minha mãe sempre conta de quando ele tinha uma banda e viajava o Brasil todo para fazer shows. Hoje vejo do que ele abriu mão para assumir uma família. E pra quem pensa que ele desistiu de um sonho, ele não desistiu. Continua sendo músico e hoje ensina tudo o que sabe para outras pessoas, de todas as idades. Posso dizer que ele é presente (no sentido de ser um e estar presente) na vida de muitas pessoas. Nós, família e a outra família dele que são seus alunos. Tenho certeza que muitos o tem como um filho e outros pequenos o tem como um pai.

E tudo bem, eu não me importo em dividir. Quando eu for gente grande de verdade, quero ser como ele. Seguir seus exemplos, ser bênção, luz e presente para os outros.


Esse ano quero reclamar menos e agradecer mais.
Obrigada pai, por me ensinar a não ter medo de nada, nem de barata. Por ler histórias até eu dormir, por deixar eu dormir entre você e a mamãe quando eu tinha pesadelos, por me ensinar tudo o que eu sei sobre valores, ética, caráter, por me ensinar como é importante fazer o bem sem olhar a quem, não jogar lixo na rua e não falar mal dos outros.

Postar um comentário